Personagem: "River" Lustosa - Clube Música - Local: Hotel - Interagindo com: Ninguém.
Era o início. E o início é sempre tão difícil... River sabia bem o que era entrar numa escola estrangeira nova sem conhecer absolutamente ninguém. Só não sabia que ia ter que passar por isso de novo e, desta vez, tão mais longe de casa...
Acordou cedo e tomou café no hotel com o pai.
- Mas justo hoje tinhas de vestir-se dessa maneira e por essa cor horrorosa no teu cabelo? Já não bastava esse corte absurdo? Só não mando-te mudar de roupa por que se calhar vamos atrasar-nos.
- Bom dia pro senhor também, pai. - Respondeu River com uma cara entediada. O velho reclamava da mecha rubra que tinha teito no cabelo e na franja.
River revirava os olhos enquanto tomava seu copo de leite:
- Só para ficares alegre, isso não é tinta permanente. Conforme lavo o cabelo, vai sumir-se.
- Espero que esta escola dê um sumiço nessas suas esquisitices também.
"Não acredito que ele acha que me arrastar até aqui vai resolver alguma coisa". Pensava ela.
Ao término, entraram num imponente carro preto que o pai quis ir dirigindo. River distraía-se olhando a bela Los Angeles pelo vidro do carro. Quase não conversavam. Chegada próximo do colégio, River insiste que o pai pare o carro. Ela desce do carro e, com a porta ainda aberta volta-se para o pai:
- Não quero que me acompanhe.
- Certeza? Ao fim do dia pegarei o avião de volta para Lisboa.
- Boa viagem... - respondeu ela.
- Por favor quando tiveres tempo, telefona-me.
- Está bem... Mais alguma coisa?
- . Cuida-te bem filha... - Ela afirmou que sim com a cabeça. Ele então a ajudou a tirar uma mala grande e uma fasqueira
River caminhava para o portão e quando estava bem próxima, viu que o carro foi-se embora. Era assim desde o primário.
Estava só...
Sentia-se desconfortável. Fechou os olhos e suspirou profundamente. Abriu-os novamente. Arrumou a postura. "Ânimo, River, não vais querer que pensem que és uma coitada".
Local: Hall de Entrada - Interagindo com: Ninguém.
No Hall de entrada, já que não conhecia ninguém ficava perambulando e olhando as coisas ao redor... A solidão e a espera configuram uma feição um pouco tediosa e vez por outra, mexia no celular. Não via a hora de se livrar do peso da mala.